sexta-feira, 27 de agosto de 2010

ANGÚSTIA

Não sei em qual instante pousou no sorriso
a angústia que fechou os lábios
Não sei em qual instante a alma resignada
encostou-se no soluço da noite,enquanto o corpo na luta incessante se debateu pra continuar em pé
Os pensamentos totalmete embriagados resvalando a geografia do abismo,onde as íntimas fronteiras tornaram-se labirinto
Não sei onde se encontram as fantasias puras e os sonhos
provavelmente perdidos entre pesadelos .
Momento de ópio,que ignora o imenso vazio dos espaços
Sentimentos que se perde entre céus e infernos,numa viagem incoerente,tal qual serpente
mordendo a vida e deixando uma dor pungente
Onde estão os sonhos...
envolventes, despojados, se hj a é alma errante
Alma que atou nós e que hoje desfaz os laços,buscando alivio no voo incerto do amanhecer
Alma que num surto de inércia compreendeu o sinônimo de querer sem ter
Alma que renasce na lágrima que rola pela face,desaba pela boca e morre na garganta

(Ci)