sexta-feira, 27 de agosto de 2010

FELICIDADE? ...SIM OU NÃO

Nunca sentimos, na vida real, a felicidade que acreditamos existir.
Nossa crença nela é justificada pela nossa fachada sorridente ou dos outros
Por isso é comum tantos viverem em função da felicidade alheia.
Todos sempre sorrindo, todos sempre infelizes.
Enganam-se e vivem uns pelos outros em nome de uma felicidade que ninguém sente. Como pensamos que a felicidade é a única coisa capaz de justificar a vida, tornamo-nos obcecados.
Buscamos acreditar que os demais são felizes para que isso justifique nossas vidas miseráveis, ao menos como um meio para a  felicidade que de nós sempre se esconde.
Por isso insistimos que a felicidade existe.
Nunca confessaríamos nossa infelicidade, pois isso nos implodiria. A felicidade nunca está em nós, nem no outro, só no modo como pensamos no outro para justificar nossas vidas... um pretexto.
  Projetamos as nossas expectativas nos demais, e esse é o motivo pelo qual a felicidade sempre se encontra do lado de lá,pensamos que só os outros podem ser felizes como nós gostaríamos de ser.
Nossas mentiras, uma vez refletida nos demais, tornam-se verdades e a nossa felicidade mentirosa. Sentimo-nos miseráveis, nossas vidas não valem nada, e qual é a solução?
Viver pelas dos demais, pois eles, pelo motivo que for, devem valer alguma coisa.
Ledo engano...sómente deixamos de gostar de nós mesmos para valorizar o outro!
A solidão é insuportável à maioria dos indivíduos exatamente porque nos revela essa verdade.
Revela que as mesmas ações que direcionamos aos demais, pensando que isso os torna felizes, quando direcionadas a nós mesmos, podem nos trazer enriquecimento de alma. O círculo se rompe porque não conseguimos  sorrir para nós próprios e a solidão cai sobre nossas cabeças como uma prova irrefutável de que ninguém é feliz.
A felicidade é um mito ? e a sociedade é um teatro?
então já deveríamos saber... a peça em exibição se chama sorria, idiota!

(Ci)